Thursday, January 24, 2008

Dr. Cox

Eu (in)explicavelmente tenho essa predileção pelos vilões das histórias.

Consigo lembrar desde os tempos remotos do Pentágono em que eu tinha aquela coisa pelo Loureiro, que era supostamente o professor mais carrasco do Universo (pelo menos do nosso universozinho de adolescente...).

Depois disso, sempre pude ver essa predileção pelos "maus" nas novelas (a Maria Regina e o Olavo são exemplos clássicos), nos filmes (a Mulher-Gato no Batman, o T-1000, no Terminator), nas séries de TV (o Sawyer, no Lost e o Sylar, no Heroes) e ainda na vida real (prefiro abster-me de citar exemplos....).

Agora minha paixão nova é pelo Dr Cox, aquele do Scrubs...

Sunday, January 20, 2008

...e se pensar aproximasse (parte 2)

Parece que tudo o que tenho feito ultimamente é pensar para ver se me aproximo... Ver se tenho mensagens no e-mail, se tenho mensagens no telefone, se tenho mensagens telepáticas de quem não vai escrever.

Nunca fui uma pessoa nostálgica. Platônica, talvez, mas nostálgica não. E nunca me perdi em pensamentos do que poderia/deveria ter sido e não foi. Sempre falei aquilo que me veio à mente, e ocultei aquilo que achava por bem não dizer. E raramente senti que me tinha enganado na escolha. Mas agora, enquanto lia um e-mail do meu primo Rodrigo, apanhei-me a pensar no porque de, durante o tempo em que vivemos na mesma cidade, não termos compartilhado mais da companhia um do outro... Tento acalentar a consciência com a idéia da diferença de idades que, antes era tão gritante, e que agora se dilui. E que, num futuro (próximo ou não) voltaremos a nos encontrar e conviveremos.

Sou assim, com esperanças, que muitas vezes sei serem vãs. Mas, nas quais acredito, não como uma promessa, mas como um sonho bom de sonhar. Aqueles que, quando acordamos, deixam-nos um sorriso no rosto durante boa parte do dia, e aquela sensação de que está tudo bem...

Wednesday, January 16, 2008

Espelho

Hoje estava no metro e vi uma menina que era a minha teenager counterpart. A garota devia ter por volta de 18 anos, tinha o cabelo preto esticado caído na cara, trazia uma gargantilha de picos, camiseta verde e calças jeans rabiscadas. Usava ainda uns braceletes. Olhei para ela e vi o meu reflexo, só que mais acentuado (afinal, eu sou uma senhora) e pensei "Ah, então é assim..." Ela vinha sentada junto com uma amiga, a partilhar os headphones e cantando Garbage: "I think I'm paranoid, and complicated"
Sentei-me de frente para ela, tenatando conter o meu sorriso de empatia. Tinha medo que parecesse invasiva ou simplesmente parva. Por isso, tentei fingir que não estava a prestar atenção.
Foi mesmo uma sensação engraçada... mas mais engraçado do que isso é pensar que, quando tinha a idade dela, eu não era assim. Ou era, mas não queria ser... Na verdade, eu era mais como aquela menina que, em Monte Alegre, ficou a olhar para mim e para a Natália como quem toma notas de como se comportar quando crescer...

Tuesday, January 15, 2008

hushhhhhh, little baby

Tanto por dizer e nada é dito. Mas também quem é que precisa de palavras?? Aquelas que se usam para preencher o vazio do desconforto, do erro, da clareza da manhã seguinte... Não! Aqui não há necessidade de dizer. Tudo o que já foi dito e que seria repetido e ouvido 100 vezes com o gozo da primeira. Mas não é preciso... e fica por dizer. Porque não há erro. Só clareza.

Feita de adamantium... sim. Mas só por fora!

E dizer adeus como quem diz até amanhã.





Quem será o astrólogo do meu paizinho???????

Wednesday, January 09, 2008

A única coisa a fazer é tocar um tango argentino

Hoje tive mais uma daquelas conversas cruciais que as pessoas têm com os orientadores...

Tenho uma meta a cumprir até agosto. Eu e as metas, sabe como é... E esta (não vou estar aqui com pormenores técnicos, afinal, isto não é um blog sobre ciência...), implicará na superpopulação de ratos, na abolição dos fins de semana e na extinção da minha existência neste planeta como ser humano.

Tem que ser, tem que ser....

Sunday, January 06, 2008

Quem merece ser eu?? (às avessas)

Andava eu aqui na minha vida cientista, já pensando (aproveitando as ditas resoluções de Ano Novo) em começar a juntar uns trocos para a próxima viagem ao Brasil, quando descobri que a FCT depositou $$ a mais na minha conta....

Fui lá, muito honestamente, perguntar se não se tratava de algum engano.... "Não senhora! o $$ é seu!" - disse-me o Careca (que é um Sr de olhos muito grandes e azuis que satisfaz as nossas dúvidas na sede da FCT em Lisboa). E qual não foi o meu espanto? E qual não foi a minha alegria?? Queria até dar um beijo ao Careca, que, por sua vez, manteve-se impávido e sereno...

Sim, o $$ está destinado a estranjas como eu, que vieram de fora da Europa, doutorarem-se cá. $$ para voltar e visitar a família, os amigos, o cachorro, o papagaio e o periquito! Quando eu quiser... SE quiser......

boas notícias!!

será que meu paizinho (ou o astrólogo do meu paizinho) tinha razão??

Não existem muitos exemplos das vantagens de ser brazuca (dentro e fora do Brasil)... um viva à FCT e ao Estado Português!

Thursday, January 03, 2008

Uma pausa

E 2008 começou. Não sei se o ano vai ser bom, mas sei que 2007 acabou muito bem, obrigada!

Viajei, na semana entre o Natal e o Ano Novo, e saí do universo que me rodeava e que me atormentava por já ser sempre a mesma coisa. É verdade que quando saímos e voltamos, os problemas estão exactamente onde os deixamos, mas sempre serve para dar uma relaxada, analisar com calma, ou ainda, com sorte, quebrar o paradigma. Neste caso, acho que foi um pouco de tudo. Ultimamente, 100% do que faço e dos que conheço, pertencem ao instituto, e quando as coisas começaram a me chatear no instituto, chatearam-me 100% da vida... Foi muito bom estar com gente diferente (e muito interessante), numa outra cidade, vivendo a "vida Paris Hilton" por uma semana inteira. Comer como se não houvesse amanhã, beber como se não houvesse ressaca...

Tenho o estómago do lado do avesso, o fígado destruído e a cabeça ainda lenta. Mas estou feliz. Diverti-me tanto que minha consciência judaico-cristã ocidental até se pergunta se não é errado.

De qualquer maneira, aquela conversa fiada de "ano novo, vida nova" pode ser bobagem, mas sempre mexe, mesmo com aqueles mais realistas. E eu estava a espera de que qualquer coisa mudasse (para melhor, óbvio!) neste ano. Meu pai disse-me que este ano será muito bom para os do signo de áries (vale ressaltar que esta é uma observação pouco convencional vinda de alguém tão cético no que toca a estes exoterismos...)! Vamos torcer...

De qualquer forma, fica aqui o agradecimento à Natália e ao Pedro que me aturaram e sustentaram durante essa semana. E também àqueles cuja presença num só dia já basta para gerar risos por semanas...


"Oh that boy's a slag the best you ever had!!
The best you ever had is just a memory and those dreams that ain't daft as they seem..."