Monday, December 29, 2008

Não quero...

Aproxima-se o ano de 2009.

Não acho que haja uma razão especial, mas acho que será um ano ruim. Ruim, não. MUITO ruim. E tenho uma certeza quase que paradigmática. E logo eu que não sou dada a superstições, mas como boa brasileira que sou (baseada no princípio de que não creio em bruxas... mas que elas existem, existem!) estou tentando preparar-me psicologicamente para as vacas magras.

De facto, uma pessoa, nesta altura do ano, logo a seguir ao Natal (que me deixa sempre extremamente piegas), pára para pensar na vida, em tudo o que aconteceu, nas escolhas que fez... e depara-se com coisas boas e más, coisas que repetiria e coisas que mudaria, se pudesse. Ainda bem, para a minha sanidade mental, que mesmo quando penso que algo poderia (ou até deveria) ter sido feito de outra forma, não me destruo em remorsos. Nem em nostalgias. Mas é inevitável, tendo como base o ano que termina e a retrospectiva que se faz, considerar e fazer algumas previsões para o ano que começa. E por mais que não veja de onde, acho que vai ser tudo muito ruim.

Talvez seja o passar dos anos. Talvez seja a solidão. Talvez seja porque não acredito mais em fadas. Talvez seja porque não vejo maneira de ser diferente. Ou pior, acho que, daqui para a frente é, como no Beleza Americana "This will be the high point of my day; it's all downhill from here". Não sei.

O que sei é que para Janeiro tenho cá meu primo querido, Rodrigo. Depois vem o tal brasileiro com o qual irei fazer experiências com imensos ratos.Tantos que o Puedro até já disse que podemos adiar as MINHAS experiências da rataria. Em Março/Abril tenho o encontro da British Society of Parasitology, Edimburgo. E, provavelemente, fico por lá por umas semanas para, finalmente, fazer a parte do trabalho que era suposto fazer, desde 2007. Em Setembro tenho o congresso em Verona. Nesse meio tempo, queria viajar, por um fim de semana, ou assim... Sozinha. Ia ser bom. Assim como têm sido boas as férias de Natal aqui no Porto (não me entendam mal, mas é uma merda sempre que tiro férias ter aquela imposição de ir para o Brasil.......)

Mas o mais provável é que, assim como este post (para o qual parece não haver um fim), 2009 será mais um ano. Meu pai vai continuar do outro lado do oceano, vou continuar a não entender a minha mãe, a Natália vai continuar no Porto, vou continuar a ter como certo o nada e os ratos...

Sem grandes eventos. Porque tudo vem de dentro para fora...

Nada.