Thursday, March 20, 2008

A não-fase

Existem alguns conceitos fundamentais a serem introduzidos/relembrados antes de eu começar este post...

O primeiro deles é o do não-lugar. Este é um do Pedro da Natália (engraçado referir uma pessoa com uma personalidade tão marcada utilizando outra como referência...). O não-lugar consiste nas estações do metro, no metro propriamente dito, em todos os similares (trem, ônibus, etc etc) e ainda no meio da rua, ou em qualquer lugar que seja apenas um caminho ou meio de transição para outro. Ninguém marca de encontrar ninguém nesses lugares, ninguém está lá simplesmente. Passam por lá, de passagem. (desculpem o pleonasmo....).

O segundo é a situação aeroporto. Aquela descrita pela minha querida e saudosa Vivian Rumjanek como sendo toda e qualquer situação onde o tempo que se tem é demasiado curto para se fazer o que quer que seja, mas também muito grande para simplesmente esperarmos enquanto ele passa.

Por último, vem o conceito da não-história introduzido no meu vocabulário pelo Zé, também conhecido como Vicentinho. A não-história é todo e qualquer conto, fábula, estória... que, ao invés de contar com um desfecho interessante, absurdo, fantástico ou, pelo menos, relevante, tem sim, um final. Sem qualquer adjetivo que o complemente. Um final que não torna a história digna de ser passada adiante.

Posto isso, agora finalmente começar a dizer aquilo que pretendia.

Depois de uma conversa ontem com minha sister, soulmate and counter-part Alcira, acho que já cheguei à conclusão do que significam esses dias... é a não-fase. Onde a maior parte do tempo é passado em situações aeroporto, dentro de não-lugares, culminando em looooongas não-histórias. Porque ninguém conta algo como: saí de casa, apanhei os transportes, cheguei ao laboratório, fiz o meu trabalho, saí quando terminei, apanhei os transportes, cheguei em casa, jantei e dormi. Alguém morreu? O biotério explodiu?? O metro passou por cima de alguma velhinha?? Não, não, não.

Então, quando as pessoas perguntam como foi meu dia, eu só respondo: Tudo bem.
E sorrio. Genuinamente.

Monday, March 10, 2008

Your call is on hold. Please, hold the line.

E esta é da Naná!!

"Há dias que podiam ser apenas minutos."

Cabe de tantas formas diferentes, que nem sei se é justo......