Sabe aquela mulher até bonitinha, até jeitosinha e tal, independente e segura de si, que faz tudo certo e vive uma vida muito boa... normal, mas boa! E, de repente, morre de diarréia no dia de entregar um trabalho importante... ou quando vê aquele rapazinho(que era suposto tentar impressionar...), de todas as coisas interessantes para dizer sobre si mesma, só diz as mais estranhas e ainda tropeça nas próprias pernas e cai com a cara no bolo? E depois, quando era suposto manter a calma, fica histérica e diz toda sorte de merdas? Bebe, confessa todos os segredos e no dia seguinte morre de vergonha de tudo? Se apaixona e gasta uma caixa de lenços de papel e vai até Paris para ficar se esgueirando pelos lugares para ver o ex-namorado com a noiva? Eu costumava odiar todas essas coisas. E, consequentemente, a Meg Ryan e todos aqueles filmes água-com-açúcar onde ela faz sempre a mesma personagem!
Mas depois de muito analisar as coisas, descobri a pólvora mais uma vez: Eu sou exatamente assim. Corro pra pegar o ônibus, ele fecha a porta na minha cara e vai embora... tropeço no chão liso... caio das escadas... só digo o que não devo... principalmente quando existem pessoas que não deveriam estar lá ouvindo... falo sozinha... canto e danço no meio da rua e (pior) no meio do IHMT!! sou pega em flagrante pelo rei............... socorro! os mal-entendidos, os atos falhos, ficar vermelha por ter ficado vermelha e ver que a outra pessoa começou a ficar vermelha porque você está vermelha... ficar embaraçada quando alguém está extremamente embaraçado e não conseguir dizer nada para desviar a atenção daquele assunto..........
Portanto, consciente de toda essa minha louca tendência em ser "Meg Ryan's Brazillian Counterpart", ultimente tenho tentado adotar uma nova perspectiva: rir. Feito uma idiota.
A melhor de todas as mais recentes foi ontem, com o Marco que, graças à uma piadinha que eu fiz, acreditou que eu estava falando sério e por isso ficamos 2h vegetando, quando podíamos ter visto um filme... reproduzo aqui o diálogo:
"- Então, o que vamos fazer enquanto isso? - eu, morrendo de tédio
- Podemos comer e ver um filme... ou não. - Marco, sendo engraçadinho
- Humm... bom saber que temos muitas opções... Será que não podemos comer e depois não ver filme nenhum?? - eu, sendo (ou tentando ser) irônica."
Depois disso, comemos e ficamos vegetando, até que lembrei e disse: "Então, não vamos ver o filme?" Ao que ele, muito confuso, respondeu: "Ué? Mas você disse que não queria!!"
Morri de rir e fui tomar banho... melhor.