Sunday, July 22, 2007

Who the fuck are the Arctic Monkeys??


Na última quarta-feira fui ao concerto dos Arctic Monkeys. Depois de um fim de semana hard core, insónia de domingo para segunda e febre de segunda para terça, garganta inflamada e mais toda sorte de azares, fui assim mesmo. De jeito nenhum faltar. 28 euros pelo bilhete para o concerto mais aguardado desde o verão do ano passado, quando descobri (e logo a seguir apaixonei-me por) esta banda que tem estado presente na minha vida e na minha discoteca pessoal em posição de destaque. Nem era pelo dinheiro. Era porque não podia perder em hipótese alguma.


O concerto foi aberto pelos portugueses X-Wife, muito bons, por sinal. Têm um tecladista, que é o destaque da banda, e um baixista "todo-duro" que é o mais empolgado! 40 minutos, very nice, ok. E eu, no alto do puleiro (já não havia bilhete para platéia, só camarote!), já começava a ter febre de novo, entre um concerto e outro.


Mas eis que após mais 40 de intervalo, entram eles. Teenagers. Ok, teenagers não, mas 20 e poucos, muito poucos mesmo. Cantaram as músicas mais animadas, sem parar, umas atrás das outras, com aquela energia contagiante. Não falam muito com o público, é verdade. Mas não é preciso puxar pelas pessoas quando se tocam aquelas músicas e daquele jeito. Eu nem sei como não caí do puleiro. Tudo lindo, tudo perfeito. Parecia nem sei o que. Um momento... como se tivesse vivido até aqui para chegar naquele puleiro, à esquerda do palco. Àquela distância... E ver... E ouvir... Parece ridículo, eu sei. É ridículo, acho eu. Mas foi assim que senti. E como a história é o que realmente importa, muito mais do que a "verdade", fica assim. Foi o momento pelo qual vivi até hoje.
Mas o concerto? Bem, o destaque (para além do óbvio Alex Turner revirando os olhinhos cantando com aquela voz e aquele sotaque e aquelas letras que falam de brigas em filas de discoteca com um lirismo inimaginável e de rompimentos e traições com uma sensibilidade absurda sem pieguice) vai para o baterista que é o motor por trás da emissão daquela energia toda. Aliás, duarante a maior parte de show, pareceu-me que a banda eram só os dois, como White Stripes já provou ser possível e mais que bastante. Mas o guitarrista, "o bonito", não deixava de ter seu charme mais que britânico (estilo Oasis), na sua alienação...
Mais uma vez, vejo-me frente àquela pergunta: quem caralhos deu a esses garotos o direito de compor as músicas e escrever as coisas que me tocam assim??? Atrevo-me a dizer que olho hoje pros Arctic Monkeys como pros Beatles. Com aquele carinho de quem vê um familiar ou amigo próximo no palco. E tive os mesmos sintomas de quando deparei-me com o Ed Vedder, no ano passado. Euforia total nas 24 horas seguintes e uma crise de abstinência de adrenalina passadas 48 horas.
Do me a favour and keep on putting more Tabasco on my Bloody Mary. Pleaaaaaase!!


1 comment:

Giselle said...

Oi, Lou. Faz milênios que não visito seu blog. Muitas novidades. A lot to catch pu.
Fiquei triste por não poder te ver aqui no Rio. Viajei justo na semana em que vc veio. Crap!
Quem sabe nos vemos ano que vem. Dessa vez quem vai sou eu.
Enfim...
Cara, tb adoro Arctic Monkeys! Já perguntei pro Rodrigo se foi ele que encomendou a Mardy Bum. Acho que nunca me identifiquei tanto com uma música!
Ah! Tenho notícias. Caso-me ano que vem. Dia 14 de junho de 2008. Te mando o convite quando ficar pronto.
Bjs