Sunday, January 22, 2006

Relax

Ontem foi a despedida da Natália. Fomos jantar na casa da Sylvie, uma menina francesa lá do lab da Natália. Ela é casada com o Cristian, um espanhol, e tem um bebê, o Gael, que é uma criança adorável (detalhe: sou eu, a monstra comedora de criancinhas quem diz!!). Que família! Eles dois são pessoas fofíssimas! Sempre dispostos a conversar e ser simpáticos, e super-relax! Como casal, são um docinho também (porque existem pessoas maravilhosas, que quando estão do lado do marido/mulher, são insuportáveis!!) sempre muito tranquilos! Depois de estar alguns segundos naquela casa, onde nada é motivo para aborrecimento, nada é motivo para brigas, cara feia ou muxoxo, eu já queria mesmo era me mudar para aquela vida. De mala e cuia! Mas não me entendam mal! Estou plenamente consciente de que não ia adiantar muito eu me mudar para lá, uma vez que eu carrego meu próprio furacão dentro de mim!
E isso me faz pensar (mais uma vez) na necessidade de levar tudo tão a sério e fazer tanto caso de coisas tão pequenas!! Eu fui criada numa casa em que na maioria do tempo eu era tratada como adulto. O que era muito bom, dada a minha natureza muito independente e iludida de que sou inteligente e esperta! Por outro lado, não tinha o direito de fazer "perguntas idiotas" e quando partia um copo ou entornava um cinzeiro era sempre motivo para um grande escândalo, acompanhado do devido: "Você só faz merda!!!" Até uma altura em que, graças à puberdade e todos os questionamentos à ordem que ela traz, quebrei um prato e logo que veio a reprimenda perguntei muito calmamente à minha mãe: "Sério que você está fazendo esse escândalo todo por causa de um prato??" Mas mesmo assim, já era tarde demais e não pude evitar de carregar isso comigo, irraizado! Daí, tenho fases de "que tudo caia pois tudo raia!!" e outras de grandes tempestades em copos d'água. Até o Marco também é assim, e estamos sempre lutando contra essa irresistível vontade de fazer um drama a respeito de banalidades!
Quando eu crescer quero ser assim, como a Sylvie e o Cristian. Fofos, animadíssimos, alegres. E relax!

3 comments:

Anonymous said...

Oi! Passei aqui, como você pediu! ; ) Sim! A vida pode ser legal e gostosa, e termos pessoas bacanas a nossa volta. É só correr atrás, o que implica, de certa maneira, e que haja uma "seleção natural" nas pessoas que nos cercam...
Beijos, Tatu

Anonymous said...

Lully,

Essa coisa do "ser relax" é uma coisa que me fascina. Talvez não seja exatamente esse "relax" do qual vc fala, mas acho que tem a ver.

Reza a lenda que quando Maria Rita nasceu, perguntaram a Elis o que ela desejava para a sua filha. E ela respondeu que queria apenas que ela fosse "leve". Acho que a leveza a que ela se referia era tudo o que a própria Elis não era. Uma grande cantora, porém focalizada, compenetrada, forte e... pesada. E acho que o seu desejo se realizou, porque dentre outras coisas, MR é a leveza em pessoa.

Então, depois que eu li isso, entendi que essa é definitivamente uma qualidade que eu admiro nas pessoas: a leveza. A capacidade de não ter o cenho franzido o tempo todo, um preocupação, uma angústia, um incômodo. Não fazer tempestades em copos d'água. Ser relax. Light-hearted. Era assim que eu queria ser. Ser Sylvie e Cristian.

Anonymous said...

po, lou, so agora eu vi esse post!!! sabe como e la no lab nao rola de ficar vendo coisas...nao e portugal!!!!hahahaha
Bom, mas eu te entendo taaanto!!!! hahaha acho que ja conversamos sobre isso na ocasiao... eu tambem queria ser sylvie, e cada dia e um esforco constante pra curtir mais e querer controlar menos todos os acontecimentos. pois e, pra uns e facil pra outros nem por isso! sinto muitas saudades das nossas conversinhas no bar dark. e o primeiro lugar que temos de ir quando eu voltar, hein? um grande beijo nat